segunda-feira, dezembro 29, 2008

Amá-l(i)a !



A 19 de Abril de 1985 tinha eu uns 8 anitos.. já lá vão uns aninhos (n mtos.. lol) e já nessa altura a sua voz me tocava.. apesar de ainda ser uma criança e pouco perceber de desamores algo na sua voz trespassava para mim..

Amália, que segundo uns nos deixou a 6 de Outubro de 1999, na verdade continua bem presente entre nós.. e tive a oportunidade de verificar isso este fim de semana, quando fui até ao cinema, pela 1ª vez na minha vida com a minha mãe e me deparei com uma sala completamente cheia.. devo acrescentar que era provavelmente o mais novo naquela plateia.. a média de idades era bem acima da minha e pasmem-se: houve pipocas, pessoas a falar alto, pontapés nas costas da minha cadeira.. enfim, parece que não são só os jovens a não se saber comportar dentro de uma sala de espectáculo..

Bom mas não é pra criticar pela negativa que aqui "estou"! Bem pelo contrário.. Adorei! Aconselho a todos aqueles que gostam de fado a irem ver este filme.. Eu dei por mim com uma lágrima no cantinho do olho bem como senti o meu corpo arrepiar-se por diversas vezes.. e não era do ar condicionado.. ;)

Realmente o cinema português tem pernas para andar, desde que acreditem nele (quer espectadores, quer patrocinadores..) e aqui está uma prova disso! Excelente qualidade geral e interpretações muito boas.

Quanto a mim existem apenas duas coisas a melhorar: o "sotaque" do Ricardo Carriço (César Seabra, o último marido de Amália) é um pouco "hilariante".. ;) ; não gostei muito da caracterização da Amália em Nova-Iorque.. penso que poderiam ter optado por outros planos que a deixassem mais oculta.. mas esta é apenas a minha opinião e vale o que vale.. ;)

Bom apesar de toda a polémica que este filme gerou (mentalidade um pouco hum.. "pequenina" do nosso povo..) quero aqui deixar os meus parabéns ao realizador Manuel da Fonseca e a toda a sua equipa!

Até sempre Amália!

1 comentário:

Mente Quase Perigosa disse...

Foi a grande surpresa da minha vida no cinema. Foi quando entrei na sala de cinema e senti-me uma miúda!

Depois foi constatar o mesmo que tu: a algazarra, senhores, a algazarra!!!!

Mas o mais engraçado foram mesmo as discussões à saída. Uma que afiançava que ela nunca tinha dito, feito ou namorado como no filme. A outra que jurava a pés juntos que sim.

Como disse a minha irmã: "nós, as pitas, comemos o que nos dão que não estávamos e não não vimos. Agora estas meninas... Bolas, que o assunto é sério..."